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sábado, 3 de julho de 2010

Aprovada hoje na Câmara reforma no código florestal

Em meio aos debates, venceram os ruralistas

Márcia Prado

Discussões, debates e opniões fizeram parte da sessão plenária para votar uma reforma no projeto de lei 1876/99, que alteram o Código Florestal (Lei 4.771/65). Uma das discussões, foi iniciada quando o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista, disse que o deputado Sarney Filho (PV-MA), da bancada Ambientalista, era “filho do maior entreguista da história do País”. Sarney Filho pediu respeito. Mas a confusão já estava formada e os outros parlamentares tiveram que intervir.
Apresentado no início de junho, o relatório retira a obrigatoriedade de reserva legal para as pequenas propriedades conservarem a biodiversidade, exclui os topos de morro das Áreas de Preservação Permanente (APPs), entre outras modificações.
Conforme relatório preliminar, os estados e o Distrito Federal poderiam reduzir pela metade a área de preservação permanente nas margens de rios e lagos. Essa parte foi modificada. O debate sobre o novo código está na Câmara dos Deputados desde setembro do ano passado. A proposta é regulamentar o uso de terras produtivas.
O relatório aprovado ao fnal por 13 votos a 5 elimina a regra para áreas urbanas, corrige o cálculo das reservas legais nas grandes propriedades, e excluir a prerrogativa antes dada aos estados para decidirem sobre a redução de até 50% das APPs.

A candidata à presidência pelo PV, Marina Silva, assim como os outros ambientalistas presentes, lutou contra a aprovação da reforma e afirma que continuará lutando quando o projeto passar a tramitar na casa.

Falta de qualificação profissional gera desemprego

Nas agências de trabalho do DF não faltam vagas

Márcia Prado

A falta de qualificação profissional é a grande preocupação de vários setores da economia. Muitas áreas estão com vagas abertas e não conseguem suprir a carência porque os candidatos, muitas vezes, não têm aptidão necessária para o cargo pretendido. Um grande exemplo de mercado em que sobram vagas é a construção civil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor respondia diretamente por 6,7% do total de pessoas trabalhando no país. Mesmo com alto índice de desemprego na capital do país, sobram vagas em áreas que não tem a profissionalização necessária. É o que dizem as pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O principal setor a sentir essa falta será o de comércio e reparação, em que se concentram os serviços de manutenção em geral.
Antônio Damas participa do Plano Setorial de Qualificação (Planseq), que é um programa federal destinado à qualificação de mão-de-obra, para famílias que recebem o Bolsa Família. “Espero ter um amplo mercado pra trabalhar pois estou me qualificando na área de construção civil que é onde está precisando”, afirma.

Em todo o Distrito Federal tem há escolas técnicas funcionando. Elas oferecem cursos profissionalizantes de graça para a população. A seleção é feita por um processo classificatório, parecido com o vestibular. Isso acontece porque a procura é maior do que o numero de vagas oferecidas.

O motivo principal para as sobras de vagas é a falta de qualificação da mão de obra, baixo nível de escolaridade, carência de preparo técnico e pouca experiência, segundo levantamento da Secretaria de Trabalho do Distrito Federal (STDF). Segundo a STDF faltam profissionais na área de marcenaria, padaria, hotelaria, construção civil, tecnologia da informação e até serviços domésticos. Mais Informações: Escola Técnica de Brasília QS 07 – Lotes 02/08 Av. Águas Claras – Vila Areal ? Taguatinga -DF CEP 72030-170 Telefone: 3356-3939 Site: www.etb.com.br Escola Técnica de Ceilândia QNN 14 Área Especial ? Ceilândia Sul ? Distrito Federal CEP: 72220-140 Telefone: 3376-5217/3376-5196

“INVEJA E FAMA: É ISSO QUE A GENTE AMA” (a história de um pichador)

Márcia Prado



Uma das frases prediletas e criadas pelo garoto, agora com 20 anos mas, que entrou pro mundo da pichação aos 11.Época em que conheceu uma gangue e isso lhe subiu à cabeça. Aos 11 anos Tiago* conheceu um rapaz, líder de uma gangue que,na época ainda estava se formando. A GSL (grafiteiros sem lei), ele, então, junto com seu irmão de apenas 9 anos,entrou na onda da gangue que pichava muros e procurava brigas afim de divulgar a gangue e conseguir fama.
Em casa nada mudou. Ao saírem na madrugada pra fazer as pichações a mãe achava que eles estavam em festas ou jogando vídeo game na casa de amigos.
Foi nessa época que inspirado num biscoito que adorava (o Bono) ele criou seu nome artístico “BONOS”.
A partir de então todo dinheiro que tinha em suas mãos economizava com o intuito de comprar as tintas em spray, naquela época seu pai faturava bastante. Foi comprando latinhas de spray e colocando seu nome juntamente com o de seus colegas nas paredes da cidade que conseguiu uma fama rápida e duradoura, conseguiu também o amor de alguns e ódio de muitos (principalmente os que tinham os muros de suas casas e comércios rabiscados).
Junto com a fama veio também as intrigas por espaço, como os cachorros fazem , porém, ao invés de xixi usavam suas pichações com letras cada vez mais elaboradas para demarcar território. E com isso vieram as brigas, prisões e até mortes de amigos e inimigos.
Após mais ou menos 5 anos,em 2002 os doi amigos que eram os líderes da gangue foram presos (e estão presos até hoje) , então o terceiro líder dessa gangue (à essas alturas já conhecida em todo o DF e entorno, sem dúvida uma das maiores) que era o BONOS assumiu a liderança decidindo quem entrava e quem saía na galera. Conquistando assim mais fama ainda e inimigos então nem se fala.
Fato esse que facilitou sua vida amorosa e dificultou sua vida profissional.
Em 2006 começou a trabalhar em uma loja no shopping, certo dia seus inimigos descobriram. Não deu certo, aglomeraram-se na porta da loja e antes mesmo da loja fechar o “pau quebrou”.
Tiago* perdeu o seu emprego, mas isso não impediu de continuar com o vício de pichar pois a fama que isso lhe trazia era muito satisfatória. Desempregado, tinha mais tempo para reunir gsl’s de todo DF e entorno.As reuniões aconteciam na torre de TV e em cada uma delas compareciam cerca de 200 pessoas todas da gangue.
A essa altura ele já não precisava comprar suas próprias latas, sequer roupas, devido a fama e o poder, seus fãs que queriam entrar pra gangue em busca de fama lhe davam como espécie de pedágio tintas em spray, roupas, tênis de marca, e até mesmo dinheiro.
Durante todos esses anos ele esqueceu o futebol, teve um filho, o qual apelidou de bonym, dedicando a ele pichações. Graças ao filho o pai maneirou com esse negócio de gangue. Até porque foram incontáveis as pessoas que queriam sua cabeça. Que iam de simples rivais ao prefeito da cidade e quase todos os policiais. Em uma entrevista com ele, me disse ter parado ,apesar de que queria mesmo parar só com uns 35 pois alega querer sair pra pichar junto com o filho.
Ma Tiago* não tinha só defeitos era super carinhoso e, segundo a mãe até chora por ficar longe do filho. Ele é muito machista e de personalidade forte. Diz ela.
Apesar de conhecido e famoso no mundo da pichação no DF todo, ele vive uma vida normal apesar de alguns policiais até hoje estarem atrás de descobrir seu verdadeiro nome, coisa que poucos sabem.
Tiago* gostava de colocar frases polêmicas e provocativas em suas pichações como: ”Picasso morreu, agora o artista sou eu”. E “sua inveja é meu ibope”.
Só quem entende de pichação e já passou por isso entende por que esse garoto tão inteligente perdeu tantos anos da sua vida com isso chegando até a ser preso.
Hoje ele trabalha, fica com o filho nos fins de semana, mas sempre vai ser reconhecido e lembrado como BONOS.