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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Chuva não prende brasiliense em casa

Apesar do fim de semana frio e chuvoso, os locais que oferecem lazer na capital são frequentados

Márcia Prado

O frio e a chuva não impedem os brasilienses de sair de casa. O programa escolhido é de acordo com cada um e tem gosto pra tudo. Na torre de TV acontecem shows nesse domingo dia 7. É a quarta edição do projeto Arte e Cidadania, que contará com a participação de bandas brasilienses e ainda a presença do músico Marcelo Yuka, ex-Rappa.

Daniela Gonçalves é gestora cultural e coordena o evento. Segundo ela a expectativa é que 2 mil pessoas compareçam ao local. “O tempo frio geralmente atrapalha, mas estamos montando uma estrutura com tendas para evitar que as pessoas deixem de vir por causa da chuva”, acrescenta.

A estudante Barbara Marques veio com os irmãos para o show, segundo ela, a chuva e o frio dificultam bastante, mas não o suficiente para que ela fique em casa. “Se estivesse chovendo pra valer, eu não viria, mas só o frio, dá pra gente driblar” ressalta.

Mesmo com tudo isso, o movimento nas barraquinhas de alimentação cai. É o que nos conta a vendedora de pastéis Joseane Sousa. “Com certeza o movimento diminui com a chuva, mas não chega a parar de vez”, conclui ela.

Apesar do frio, nem as piscinas deixaram de ser visitadas

A queda na quantidade de pessoas que foram à Água Mineral é evidente nesses períodos de chuva. De acordo com Edmílson Lopes, vigilante do parque, a movimentação por lá diminuiu cerca de 94%. “Em um dia de final de semana, por exemplo, recebemos em média mil pessoas por dia, nesse fim de semana, vieram cerca de 62 pessoas ao dia”, enfatiza Edmílson.

Porém a chuva e o frio não amedrontaram a estudante Taynara Martins e seus amigos. “O que me fez vir para o clube mesmo com esse frio foi a vontade de sair de casa”, diz a estudante que afirma ainda que, quando combinaram o passeio, não sabiam que estaria tão frio. “Mas achamos legal, até preferimos assim, porque não tem muita gente na piscina. Além do mais dá pra ficar mais à vontade, brincar, e a chuva não ia impedir a gente de vir” conclui a estudante.

Outro que encarou as piscinas geladas foi o triatleta Emílio Hirasawa, que disse que sempre treina independente do tempo. “Damos preferência para quando não está chovendo e períodos mais quentes pra treinar nado, e por isso, o treino as vezes é reprogramado”, declara o atleta que conta também que o tempo frio não o impede de treinar.

Controle emocional para alunos

Técnicas de relaxamento serão ensinadas aos alunos do Projeto Conhecer Direito

Márcia Prado

Psicólogos ensinarão hoje técnicas simples que irão ajudar os alunos do Projeto Conhecer Direito na realização de provas. As técnicas incluem meditação e exercícios para liberação da tensão.
Para o Defensor Público e idealizador do Projeto, Evenin Eustáquio de Ávila, a escolha da data foi propícia pois a técnica que os alunos aprenderão hoje poderá ser utilizada no simulado que será aplicado amanhã (2). “Serão oferecidos prêmios aos alunos que tirarem maiores notas no simulado, então para controlar o nervosismo, os alunos poderão experimentar as técnicas aprendidas”.
De acordo com ele os psicólogos vão levar técnicas inéditas para proporcionar a tranquilidade necessária para o sucesso, as técnicas serão utilizadas antes das provas. Pois afirma que a situação de estresse atrapalha no desenvolvimento. O treinamento será interessante também para que os estudantes dominem a técnica para usar em situações de tensão vivenciadas no dia a dia profissional.
“Hoje, fundamentalmente o sucesso em provas depende do estado emocional do candidato, pois o mesmo está lutando por uma vaga importante para ele e isso causa um estresse muito grande, anto pela expectativa como pelo trabalho que ele teve de estudar ao longo de meses”.
O idealizador ressalta ainda que nem os cursinhos particulares oferecem esse tipo de ajuda porque custa caro. Porém o treinamento não é aberto ao público por falta de espaço.

O projeto

De acordo com a assessora de comunicação da Defensoria Pública do Distrito Federal, Roberta Rodrigues o projeto surgiu de uma parceria da defensoria com o Grupo Fortium de Ensino e com o apoio da Associação dos Defensores Públicos do DF (ADEP/DF) e do Governo do Distrito Federal.
“Defensores públicos e magistrados em direito, além de voluntários em geral se oferecem para dar aulas gratuitamente a alunos do 3° ano com o intuito de que esses alunos possam competir com alunos da rede particular. Cerca de 70 alunos selecionados de 10 escolas do DF de acordo com a nota do ENEM”, conclui Roberta.
As aulas acontecem às terças, quartas e quintas-feiras, das 19 às 21h30, no Sindicato dos Procuradores do DF, que fica localizado no Edifício Brasília Rádio Center, Sala 3.001, no Setor de Rádio e TV Norte.

Candomblé é tema de exposição fotográfica

Espaço Cultural Renato Russo mostra fotos sobre a religião africana

Márcia Prado

A exposição “E o silêncio nagô calou em mim” foi aberta ao público no Espaço Cultural Renato Russo desde o dia 3 desse mês e irá até o dia 20 podendo ainda ser prorrogada. A mostra contém fotos tiradas pela fotógrafa e pesquisadora Denise Camargo. A exposição é um projeto contemplado com o Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, realizado por meio do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves e Fundação Cultural Palmares, com patrocínio do Ministério da Cultura e Petrobras.




“As fotos fazem parte de um capítulo da tese de doutorado sobre Candomblé que eu defendi na Universidade de Campinas (Unicamp). Há alguns anos eu já fotografava e criei um certo interesse pelo assunto, pela religião e transformei isso em objeto de estudo”. De acordo com ela, a fotografia é um elemento forte para as pessoas que convivem com a religião. “Há uma certa dificuldade, pois a foto invade a privacidade do ritual”, afirma.

A expectativa de visitação à exposição é alta, Denise diz que o lugar tem um fluxo grande de pessoas, e que por isso, ela espera que muita gente passe por lá. A fotógrafa afirma ainda que um leigo pode ter uma visão diferente por não ter conhecimento de certos símbolos. “O que mais chama a atenção é a possibilidade de contato com uma cultura que não é a sua”.

O objetivo de trazer essa exposição à Brasília é discutir não só a fotografia, pois tem textos que revelam as reflexões da artista na concepção das imagens, e levam o público à fazer as conexões necessárias e propor uma discussão sobre as intolerâncias religiosas. Segundo Denise, a intenção é levar a exposição a mais dois espaços aqui da capital.

A religião no DF

“Aqui no Distrito Federal tem um movimento muito grande para derrubar os templos de Candomblé. É importante ressaltar que a religião tem traços africanos mas é altamente brasileira”, diz a fotógrafa que faz pesquisas sobre o assunto.

De acordo com o babalorixá da Casa de Osala em Águas Claras, Juarez silva, Brasília ainda sofre muito com o preconceito, e principalmente a intolerância religiosa, o que é ainda pior. “Minha casa de candomblé nunca teve problemas, mas vemos muitas casas sendo invadidas, quebras de estátuas que são feitas por pessoas de outras religiões, entre outros atos de vandalismo”.

Segundo ele, o DF conta com mais de mil terreiros homologados de Umbanda e Candomblé. “Milhares de pessoas sofrem preconceitos até mesmo do próprio governo que disponibiliza terrenos para todas as religiões e nenhum para o candomblé. Vivemos na clandestinidade, infelizmente, porque temos terreiros em áreas residenciais e até em casas invadidas porque o governo não nos oferece nenhum tipo de ajuda”, reclama Juarez.

O sacrifício de animais

Segundo Denise Camargo que além de fotografa é doutora em artes e realiza projetos fotográficos que investigam as matrizes de origem negro-africana no Brasil, existe também um preconceito enorme com relação ao sacrifício de animais que é o meio por onde são feitas as comidas oferecidas aos orixás. “O que as pessoas não conseguem enxergar é que comemos diariamente animais sacrificados, no candomblé, acredita-se que a energia do sangue é uma energia necessária, por isso não comer animais já sacrificados anteriormente e embalados, como os que são vendidos em supermercados”.