Márcia Prado
Há cerca de dois meses, os moradores de Cidade Ocidental vêm sofrendo de um incômodo causado pelo forte odor vindo de um aterro sanitário localizado a cerca de sete quilômetros do centro da cidade. A distância atende às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que exige que esses aterros tenham no mínimo 200 metros de distância das cidades habitadas.
Segundo o assessor de imprensa da empresa Quebec, Felipe Chiavegatto, a empresa está trabalhando para a ampliação da capacidade do aterro e também trabalha para minimizar o odor que tanto incomoda os moradores. A Quebec é a empresa que gerencia a coleta e destinação do lixo em Cidade Ocidental e Valparaíso,
Ainda segundo Chiavegatto, as obras estão em fase de conclusão, pois o objetivo é aumentar a capacidade do aterro sanitário sem aumentar a quantidade de lixo recebido.
Moradores desconfiam que o mau cheiro seja proveniente de lixo hospitalar que o aterro recebe. Mas, segundo o assessor, todo lixo hospitalar é incinerado por um equipamento de última geração.
O assessor afirma que o mau cheiro vinha de resíduos recebidos da empresa de congelados Sadia Alimentos. Moradores acionaram o Ministério Público e a empresa assinou um termo de ajustamento de conduta em que se comprometia a reduzir a emissão de odor em 40 dias.
Os moradores reclamavam do forte cheiro que desapareceu, segundo a dona de casa Regina Martins, moradora da SQ 19 desde 22 de fevereiro, “Uma possível solução seria deixar o aterro apenas para o lixo produzido na cidade.” Afirma a moradora.
O aterro é composto de células onde são depositados os resíduos animais. Essas células funcionam como lagoas. Para evitar a contaminação do solo, as células são revestidas com geomembranas PEAD de alta densidade – uma espécie de lona que evita o contato das substâncias com o solo. Segundo Chiavegatto, a solução que a empresa encontrou foi depositar os resíduos oriundos da empresa Sadia Alimentos em uma célula separada dos demais lixos. Ainda segundo ele, essa era a causa do mau cheiro: os resíduos e vísceras de aves. O lixo sólido é aterrado e o líquido é tratado com uma bactéria fornecida pela própria empresa de alimentos para minimizar o odor causado.
De acordo com a CPI criada pelo ex vereador Geraldinho e já arquivada, foram investigadas possíveis irregularidades da empresa Quebec Ambiental como processo licitatório, utilização do aterro sanitário entre outros. Porém nenhuma irregularidade foi encontrada. A Quebec tem licença de operação expedida pelo instituto Brasília Ambiental.
A quantidade de lixo suportada pelo aterro é de 1,8 mil toneladas por dia, mas segundo o assessor, a quantidade recebida diariamente não chega nem a metade desse número. A empresa se Comprometeu com a prefeitura da Cidade Ocidental, caso o odor permaneça, o acordo com a empresa Sadia será rompido.
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