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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Santa Catarina livre da febre aftosa

Márcia Prado

O estado de Santa Catarina foi oficialmente reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pelo governo dos Estados Unidos. “Não foi bondade dos Estados Unidos abrir o mercado pra gente, foi mérito nosso”, esclareceu o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Pedro de Camargo Neto, hoje pela manhã em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional sobre a decisão americana.

De acordo com ele o Brasil vem pleiteando uma posição de importador, porém os países não aceitam, não respeitam, trabalham numa lentidão inaceitável. “Eles não reconhecem, as vezes por burocracia, as vezes por má vontade, ou ainda por protecionismo. As vezes também é erro nosso por esquecermos o processo lá, a embaixada não dá a devida atenção, mas quando a gente trabalha direito a gente quer ver isso ser respeitado e honrado” reclama.

Segundo Pedro de Camargo esse reconhecimento foi solicitado pelo Brasil em 2007. Foram enviados veterinários para fazer análises em 2008. “Em dezembro de 2008 isso estava concluído mas estava lá engavetado e finalmente quando o governo norte americano foi obrigado a sentar com o Brasil, o governo brasileiro incluiu essa questão da carne suína e nós conseguimos obter essa aprovação”.

“O mercado americano é muito competitivo, eles tem preços semelhantes aos nossos, e nós acreditamos que para os estados unidos, nós vamos exportar pouco, pois esse país não é visto como um grande mercado. Porém a credibilidade que o serviço sanitário americano tem é muito grande, então nós acreditamos que isso terá uma influência, principalmente em países que tem um certo receio em aprovar o Brasil, e agora vendo os Estados Unidos aprovando ficam mais a vontade pra importar daqui.” Afirma o presidente da Abipecs.

Apenas o estado de Santa Catarina foi reconhecido para exportação, e de acordo com o entrevistado, o Ministério da Agricultura tem um serviço de fiscalização que não permite que o Brasil exporte carne suína de qualquer outro estado já que os Estados Unidos só aprovou de um. “Quem vai exportar são as empresas da Abipecs e a gente tem que trabalhar com um mínimo de seriedade, se queremos ter uma credibilidade não podemos mandar carne de outros estados, isso é fraude”, conclui Pedro de Camargo.

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