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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ACNUR BRASIL PUBLICA CARTILHA SOBRE DIREITOS DA MULHER

Márcia Prado

“O Brasil apresenta estatísticas preocupantes da questão da violência contra a mulher. Em relação à óbitos
é varias vezes superior ao observado no continente europeu. De acordo com um levantamento do DATASUS, em 10 anos nós tivemos uma media de 4,2 óbitos (assassinatos) de mulheres por 100 mil habitantes enquanto na europa é 0,5.” Contou esta manhã em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional, o coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Pedro Chequer.

Ele explicou também que há uma relação entre a violência e a infecção pelo HIV. “A violência aumenta a vulnerabilidade da mulher a infecção pelo HIV. O tema não é suficientemente discutido na sociedade. Apesar dessa situação de relativo controle, a Aids no Brasil ainda é um problema importante. A percepção que temos é de que o problema está solucionado, mas o que existe é um maior controle da situação. ”.

Outro problema segundo Pedro Chequer, é que muitas vezes a mulher é violentada e não entende isso como violência. “Existe uma cultura, no Brasil e em alguns países da América latina e África de que a mulher merece realmente sofrer esse tipo de agressão que não é visto assim, às vezes, pela própria mulher. A cartilha publicada pela ACNUR Brasil procura estabelecer esses parâmetros e incentivar o acesso aos direitos dessas mulheres.

Desenvolvida no marco da iniciativa Amazonaids Mulheres do programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, a cartilha Direitos da Mulher é resultado de uma parceria entre ACNUR, UNAIDS, UNFPA, UNIFEM e OPAS/OMS e busca informar as mulheres sobre as diversas situações de violência de que podem ser vítimas e como se prevenir e buscar ajuda. Também explica os direitos sexuais e reprodutivos e as formas de prevenção ao HIV/AIDS e a outras doenças sexualmente transmissíveis.

A cartilha será distribuída, à princípio, no Amazonas, Bahia e nas coordenações municipais e estaduais de Aids e também nos pontos de referência da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. O material também está disponível em vários sites, como o da ONU, e o da ACNUR.

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