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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Últimas novidades de agropecuária expostas em feira

Ciência para a vida chega à sétima edição trazendo ao público tecnologia e pesquisas do setor

Márcia Prado

Vaca fruto de clonagem e produção de biodiesel ao vivo são apenas duas das muitas curiosidades apresentadas na 7ª edição da Ciência para a Vida cuja intenção é mostrar resultados de pesquisas que visam melhorar a vida no campo e na cidade. A exposição é realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em conjunto com as organizações estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas) e alguns parceiros a cada dois anos. O evento faz parte da comemoração dos 37 anos da Embrapa. Nos espaços de interação para crianças, o intuito é fazer com que elas entendam e passem a gostar de ciência. É o que diz o assessor da Embrapa Breno Lobato. Segundo ele, a Embrapa aguarda para visitas guiadas (já agendadas) 25 mil crianças, a maioria de escolas públicas. Em 2008, na edição anterior, a exposição recebeu 55 mil pessoas. Para este ano a expectativa e de pelo menos 60 mil visitantes. Na área externa estão expostas 152 tecnologias desenvolvidas pelas empresas organizadoras do evento. Já na área interna são 50 stands onde estão representadas unidades da Embrapa de todo o Brasil. “É uma oportunidade pra conhecer os avanços da agropecuária. Podemos ver, durante a feira, esses avanços nas coisas que consumimos no dia a dia, vestimos ou no combustível que abastece os automóveis” diz Lobato. Quem visita a feira também pode acompanhar a produção do biodiesel. “Esse combustível antes era produzido com o metanol, o que causava, além de danos ao meio ambiente, danos à saúde também. Agora estamos testando com o etanol que não e tão tóxico, além de ser produzido em larga escala no Brasil”, afirma Poliana de Souza do setor de agroenergia da Embrapa. Serão lançados este ano 15 novos produtos agropecuários provenientes de pesquisas como arroz híbrido, bioinseticida para controlar os mosquitos borrachudos e inofensivo à saúde humana, de animais e ao meio ambiente, além de sistemas de compostagem, produção de patês e conservas de tilápia, entre outros. Para quem gosta de música, o evento também conta com shows da Orquestra Paulistana de Viola Caipira, de George Durand e Banda, e de Reinaldo Cordeiro. Já para quem gosta de cozinhar, o evento oferece oficinas de culinária, com receitas de pratos saudáveis típicos da culinária brasileira. A exposição cede espaço para o ministério da agricultura pecuária e abastecimento homenagear os 150 anos e comemora os 50 anos de Brasília por meio de canteiros vivos com os temas representados no solo onde também são encontrados desenhos inspirados na obra do artista plástico Athos Bulcão. Os canteiros vivos fazem parte da vitrine de tecnologias. Edmilson Cassetari visitou a feira e elogiou a Embrapa pela atitude “É empolgante, principalmente para quem trabalha na área, acho o tema legal e importante” diz.
Também visitante da exposição, José Carvalho marca presença pela terceira vez consecutiva. “Trabalho com agronegócio e por isso me interesso pelo assunto”, afirma. Carvalho sempre aproveita para adquirir obras de seu interesse na livraria da Embrapa, que fica no Espaço.Com.Ciência, um dos setores da feira. O apicultor Manoel Silva. e o sócio José Gomes expõem e vendem o mel produzido na pequena empresa deles na exposição. Silva afirma ter uma boa expectativa para a visitação em função do conceito que tem a Embrapa na área de pesquisa. “É sem dúvida uma excelente maneira de apresentar novos produtos”, diz. Segundo ele é uma boa oportunidade de mostrar a importância da abelha no contexto da agricultura e no equilíbrio do meio ambiente. A baiana Carmosina dos Reis de Assis participa desde a primeira exposição e adora a oportunidade. Carmosina é expositora e aproveita para vender seus produtos. “A feira tem uma ótima estrutura. E como foi bem divulgada nossa perspectiva de venda é boa”. O objetivo da feira é pesquisar para transformar o mundo. A visitante Mariana Castanho diz que qualidade de vida para o futuro é um tema muito importante “Quem sabe um dia a gente consiga preservar o meio ambiente como demonstrado aqui”, fala. “Os produtos são fantásticos. É uma pena que o acesso não é pra todos, porque tudo que é pesquisado na Embrapa, quando vendido, é bem caro,” conclui.

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